Blá, blá, blá, é uma treta, é um dia como outro qualquer... dizem os que não querem mostrar que sentem.
Porque, lá bem no fundinho, todos desejam.
Desejam não estar sós.
Desejam estar com quem amam.
Desejam vir a ser amados.
Desejam vir a ter alguém a quem amar.
Desejam beijar e ser beijados, abraçar e ser abraçados.
Desejam saúde, boas energias, trabalho, uma casa para viver.
Desejam ser lembrados.
Desejam tão só uma mensagenzita no telemóvel.
Eu desejo.
E desejo por todos os que também desejam e especialmente por aqueles que não querem desejar.
Lembrem, cada dia, todos os dias, como é bom viver e esperar.
quarta-feira, dezembro 31, 2008
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Natal, e não Dezembro
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois, somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rasto de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos despojados, mas entremos.
De mãos dadas, talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão Ferreira
numa gruta, no bojo de um navio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois, somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rasto de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos despojados, mas entremos.
De mãos dadas, talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão Ferreira
domingo, dezembro 21, 2008
sábado, dezembro 20, 2008
Quem o feio ama...
É a beleza um facto objectivo que se pode medir? Ou tão só uma opinião?
O que é o belo? O que é o feio?
Conceitos subjectivos, pois dependem de quem olha, para quem se olha, de como se olha.
Dependem igualmente do que se valoriza.
Se o que importa é a sedução imediata pelas aparências esteticamente perfeitas ou a crescente atracção pelo pormenor perfeito que se descobre no conjunto imperfeito.
Um azul pintado no olhar. O brincar com as palavras. A ternura emaranhada em sarcasmo. O dar antes de receber.
Ou não passarão estes pormenores, citando Cesário Verde, da poetização do real que graças à imaginação transfiguradora, transpõe uma realidade numa outra, para fugir àquela que o faz sofrer?
quinta-feira, dezembro 18, 2008
a SapatadA
sábado, dezembro 13, 2008
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