
Poeta Popular (1899-1949)
Forçam-me, mesmo velhote,
de vez em quando a beijar
a mão que brande o chicote,
que tanto me faz penar
Porque o mundo me empurrou,
caí na lama, e então,
tomei-lhe a cor, mas não sou
a lama que muitos são
Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, não parecendo o que são,
são aquilo que eu pareço
O mundo só pode ser
melhor do que até aqui,
quando consigas fazer
mais p'los outros que por ti!
Para não fazeres ofensas
e teres dias felizes,
não digas tudo o que pensas,
mas pensa tudo o que dizes
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