terça-feira, março 31, 2009

Mulher

"Só quando os homens chegam a uma certa idade é que podem dizer com certeza que as mulheres são melhores que eles em tudo - mesmo na bola, a carregar pianos a lutar com jacarés ou nas outras coisas em que ganhávamos quando éramos mais novos, brutos e fortes.
Quando se é adolescente, desconfia-se que elas são melhores. Nos vintes, fica-se com a certeza. Nos trintas, aprende-se a disfarçar. Nos quarentas, ganha-se juizo e desiste-se. Nos cinquentas, começa-se a dar graças a Deus que seja assim. Os homens que discordam são os que não são capazes de aprender com as mulheres (por exemplo, a serem homenzinhos), por medo ou vaidade ou estupidez. Geralmente as três coisas.
Desde pequenino, habituei-me que havia sempre pelo menos uma mulher melhor do que eu. Começou logo com a minha linda e maravilhosa mãe, cuja superioridade - que condescendia, por amor, em esconder de vez em quando - tem vindo a revelar-se cada vez mais. As mulheres são melhores e estão fartas de sabê-lo. Mas, como os gatos, sabem que ganham em esconder a superioridade. Os desgraçados dos cães, tal como os homens, são tão inseguros e sedentos de aprovação que se deixam treinar.
Resultado: fartam-se de trabalhar e de fazer figuras tristes, nas casas e nas caças e nos circos. Os gatos, sendo muito mais inteligentes, acrobatas e jeitosos, sabem muito bem que o exibicionismo vão leva à escravatura vil.
Isto não é conversa de engate. É até um tira-tesões. Mas é a verdade. E é bonita."
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08.03.2009, Miguel Esteves Cardoso-Ainda Ontem

quinta-feira, março 19, 2009

ApelO

Peço desculpa a quem continua a ter pachorra para me visitar, pelo silêncio do meu Hippocrenejm... acontecem destas coisas a quem pouco percebe disto... os meus videos entraram em greve e resolveram calar o bico... ando a tentar perceber porquê, mas até agora népia rsrsrs .
Se por acaso algum bloguista a sério, tiver alguma ideia da causa da "coisa" agradece-se do coração um lamiré mascarado de comentário.
Inté

segunda-feira, março 16, 2009

ConflitoS


"Nas (muitas) alturas em que a mente e o coração entram em dissonância, infelizmente é raro o segundo sair vitorioso.
Sim, é raro deixarmo-nos levar pela emoção, pelos nossos instintos, ou seja por nós mesmos.
Preferimos responder com rebuscados planos que partiram da nossa mente carregada de ideias e preconceitos que nos foram passados e que francamente não nos pertencem.
Conseguimos sempre encontrar muito boas justificações para tudo, inclusivamente para a nossa postura excessivamente crítica e analítica.
Já fomos magoados, a vida até nem é fácil, mas nada justifica o facto de termos desistido de nós mesmos.
Se deixarmos de ouvir o nosso coração, é o mesmo que nos abandonarmos."
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(texto retirado da net)

sexta-feira, março 13, 2009

SAWABONA

Sawabona (eu te respeito, eu te valorizo, você é importante para mim)
Shikoba (então eu existo para você)


"Não foi apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milénio.
As relações afectivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem estar.
A ideia de uma pessoa ser o remédio da nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa de que somos uma fracção e precisamos encontrar a nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher.
Ela abandona suas caracteristicas, para se amalgamar ao projecto masculino.
A teoria de ligação entre opostos também vem dessa raíz: o outro tem que saber fazer o que eu não sei, se sou manso ele deve ser agressivo e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria.
Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão começando a perceber que se sentem fracção, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fracção. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.
É apenas um companheiro de viagem.
O Homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem que se ir reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta com a energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar a sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afectiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afectivas são optimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único. O nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gémea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deviam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.
Ao perceber isso ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes temos de aprender a nos perdoar a nós mesmos..."
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de Flávio Gikovate (Médico psicanalista)

quarta-feira, março 11, 2009

Quando O Coração Chora

de Nazaré Alves

Na garganta tenho um nó
Que não me deixa falar.
No peito? Sinto o que dói
Quando queremos gritar.

...

Que faço então?
Continuo correndo,
Enquanto as forças
Deixando me vão?
Será que nasci
Com algum defeito,
E para viver
Não tenho jeito?
Mesmo assim
Correndo eu vou...
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terça-feira, março 10, 2009

Oli says...

... não tens memória?
... não te lembras da palavra loba? As lobas não sofrem... caçam!
... não tens juizo? ... romântica assolapada...
... desliga de tudo... assim já não doi...
... passa para o nível superior,
- és mulher
- tens nível
- toda a gente se esta cagando para o teu sofrimento!!!
... vive
... ao menos isso...
... recomeça... reaprende...
... os homens são um meio... não a solução.

My dearest, courageous and intelligent friend... thanks and God bless you...
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quarta-feira, março 04, 2009

Monólogos De Uma Louca

eu quero: tudo aquilo que tenho e que hei-de vir a ter
eu tenho: saúde, vontade de viver
eu acho: que às vezes sou uma chata, thanks ao pessoal que me atura
eu odeio: traições, mentiras e hipocrisias
eu sinto: tudo o que há para sentir
eu escuto: vozes e silêncios
eu cheiro: obviamente a "erva de", a magnólia e às vezes a outros cheiros...
eu imploro: sempre que há lua cheia... e não só
eu procuro: aquilo que duvido que exista
eu arrependo-me: de tudo o que não fiz... e valia a pena ter feito
eu amo: a mim mesma e a quem me ama
eu sinto dor: quando tenho perda
eu sinto a falta: do sol, quando ele imigra
eu importo-me: com os outros
eu sempre fui: saudavelmente louca
eu não fico: nada feliz quando se esquecem que eu existo
eu acredito: que chego lá
eu danço: sozinha
eu canto: em alto som quando viajo sozinha de automovel
eu choro: de novo
eu falho: quando digo que vou desaparecer
eu luto: por aquilo que quero muito
eu escrevo: para me dizer, sem falar
eu pinto: para me convencer que não sei pintar
eu ganho: sabedoria todos os dias
eu perco: a cabeça, por viajar
eu confundo-me: quando concluo que nada sei
eu estou: à procura de uma palavra nova
eu fico feliz: quando começo o dia a sorrir
eu tenho esperança: de nunca ficar careca oié
eu preciso: que me gostem
eu deveria: nunca ter embarcado neste monólogo rsrsr
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segunda-feira, março 02, 2009

Para A SalomÉ


Queria ter-te escrito ontem... mas ontem foi dia de festejar. Também não tenho jeito para discursos, sempre me inibe falar em público, mesmo que a audiência seja a nossa tribo...

E afinal era apenas para dizer-te que mãe não é apenas a que nos pariu, mas também a tia que nos ama, que nos embalou, mudou a fralda, pôs bucagel nas gengivas quando os dentitos começaram a chatear. Que enfeitou o nosso cabelo com flores, ajudou a dar os primeiros passos, deu xis apertados e beijinhos nesses teus lindos olhos azuis. Mãe também é a tia que gritou em silêncio no dia em que soubemos da tua doença, e que dia após dia te viu lutar, com uma coragem que nos deu força a dar-te força, a nunca deixarmos de acreditar, a manter a corrente da fé e da esperança.

E aqui estás tu, com 17 anos lindos de morrer, com esse teu sorriso doce que nos inspira e dá luz.

E aqui estou eu, sempre disponível para te ouvir, para dar uma mãozinha quando a aprendizagem da vida te prega algumas partidas e te deixa perturbada.

Conta com o meu amor e dá-me o privilégio de ter o teu.

Parabéns.