domingo, janeiro 30, 2011

Levar com os penantes

Levar com os pés é muito Bom!
À primeira lacrimejas, o que é bom prá vista, inventas mil desculpas para a coisa ter acontecido... e esqueces.
À segunda voltas a snifar lenços de papel (o que, para além de contribuires para o abate de árvores, te põe a penca vermelha) e dás a volta à coisa.
À terceira, depois de te passar a vista turva de tanta raiva, consegues ver a tua verdadeira dimensão.
Já adquiriste o diploma! Só te falta zurrar!

quarta-feira, janeiro 26, 2011

redundâncias

Será que os seres humanos não percebem que a poupança na transmissão de informação pode ser muito útil quando falamos de máquinas, mas que é catastrófica quando se aplica à comunicação entre dois seres humanos?
Sou mulher e gosto de falar, de dizer o que sinto e o que penso. Aquilo que já vivi permite-me perceber que, neste aspecto, nós mulheres somos diferentes dos homens.
Entendo. E até sou capaz de aceitar. O que não entendo nem aceito é a economia de esforço, por parte deles, em entenderem a linguagem feminina.
Por muito inteligentes que sejam, neste aspecto são, por norma, completamente obtusos. Não sabem, nem querem saber o que se espera deles, fecham-se cada vez mais na sua concha, protegem-se na miragem da carreira profissional e depois perdem o rumo.
São incapazes de aceitar que a era do "patriarcado" tem os dias contados. Que o homem fálico, autoritário e dominante está moribundo. Serem heróis é uma das suas prioridades. Foi assim que foram educados e têm pavor que a mulher os veja tal como são, seres frágeis, que não sabem lidar com essa fragilidade. Apavoram-se com a idéia de serem traídos, e em contrapartida vão traindo.
Não querem ouvir falar de emoções e muito menos deixar que elas façam parte da sua vida, por isso fogem se são confrontados com elas.
A entrega a outra pessoa significa ter que baixar as nossas defesas, mostrarmo-nos como somos, com os nossos defeitos, as nossas falhas e as nossas manias. Significa compromissos, cuidados, problemas e até mesmo sofrimento. Com o passar dos anos é normal que se queira fugir disso. E depois? O que fica? Solidão ou o saltar de relação em relação, arrastando consigo cada vez mais frustração e insegurança.
Ouve, - dizia eu ontem à minha melhor amiga que, gelada de corpo e alma, acabara de perder aquele que é e será, segundo ela, a grande e última paixão da sua vida - apenas tens que dar graças ao Criador por seres mulher e como mulher conseguires manter a maravilhosa capacidade de sentir, de exprimir e partilhar as tuas emoções... de rir e de chorar, de gritar de prazer ou de dor, de ronronar (que me perdoem os gatos pelo roubo da palavra), de amares, de te apaixonares, de conseguires olhar nos olhos e dizeres tudo o que te vai na alma. E não estejas triste. Guarda contigo o que sentes. Deixa que seja amor, ternura, paixão, amizade... são sentimentos fortes, plenos de energias positivas. Deixa que eles fluam.
Quem sabe um dia, inesperadamente ...