terça-feira, setembro 20, 2011

O Azul

Azul, o azul rouco
o azul sem cor
luz gémea da sede
Acerca deste rigor tenho uma palavra a dizer
uma sílaba a salvar desta aridez
asa ferida, o olhar arrastado pela pedra calcinada
húmido ainda de ter pousado à sombra de um nome

o teu:
amor do mundo, amor de nada

Eugénio de Andrade

Sem comentários: