Azul, o azul rouco
o azul sem cor
luz gémea da sede
Acerca deste rigor tenho uma palavra a dizer
uma sílaba a salvar desta aridez
asa ferida, o olhar arrastado pela pedra calcinada
húmido ainda de ter pousado à sombra de um nome
o teu:
amor do mundo, amor de nada
Eugénio de Andrade
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