Fuga
Voltei a rasgar a terra.E ela, generosamente submissa, aceitou a raiva, a frustraçãoE a sua intemporalidade a sua imutabilidade a submergir a dor.E o querer engolir os próprios enganosE os vómitos explosivos, de mentiras pútridas Porque a verdade do amor é como a terra.E à água que generosamente lhe dei juntei o meu salE nele a saudade, a dor das ausências do porvir.E chamei a voz.E ela veio, distante, envolta em cenário de mar.E inicia-se a viagem para além do desespero à procura da esperança.
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